Você conhece a galeria do rock?
Já ouviu falar? Nós somos do grupo Te vi na galeria do rock e temos a missão de contar a verdadeira
história da galeria.
“Galeria do Rock é um centro de compras localizado na cidade
de São Paulo. Foi fundada em 1963,
com o nome de Shopping Center Grandes
Galerias. Localizada entre a Rua 24 de Maio, 62 e o Largo do Paissandu
(Avenida São João), possui 450 estabelecimentos comerciais, com predominância
para o comércio de produtos relacionados ao rock e outros estilos musicais...”.
Na teoria essa é a história, mas decidimos
vivenciar um pouco desse mundo tão diversificado na prática, pois não existe
melhor forma de conhecê-lo.
Chegamos com o olhar aberto para os estilos e
os comportamentos, conhecendo todos os andares e em cada um nos surpreendíamos
mais. Entramos de loja em loja. Em uma delas, a de Cds de rock clássico, o
lojista muito simpático e fanático pelo gênero desde criança, nos contou tudo o
que ele sabe. Contou do sonho que ele tinha de ter uma loja ali, contou que
desde sua juventude ele frequentava a galeria e sempre teve uma paixão muito
grande por ela. E em 1993 ele fundou a loja de CDs, que foi a maior realização
de sua vida.
Segundo Renato, ela foi projetada pelo
arquiteto Alfredo Mathias, inspirada no Copan do eterno Oscar Niemeyer .Ele também nos contou que seu formato,
olhando de dentro, foi inspirado no Titanic.
Antigamente a galeria do rock era conhecida
apenas no boca a boca pelas pessoas que realmente gostavam de rock, e que lá
frequentavam para comprar discos. Hoje não se vende apenas discos ou CDs, o
público já procura muito mais que isso.
Perguntamos para Renato, o que ele acha dessa
mudança radical, e sua resposta foi: “o que mudou não foi a galeria em si, e
sim quem a frequenta.”
Em geral, hoje, a galeria é apenas um ponto de
encontro, é um lugar público que não possui regras como um Shopping comum.
Vários lojistas nos contaram que a sua maior dificuldade é o fato de que as
pessoas não apenas vão para comprar, e sim para passear, pois é um ponto
turístico de São Paulo.
Saímos
de lá realizadas, não só com a diversidade dos jovens, mas também com os mundos
diferentes que existem nos sete andares. Existem lojas que confessamos que
ficamos com medo de entrar, por exemplo, a loja chamada Profecias. Só na entrada, o nome é escrito em um
caixão. Mas espera! Medo? Medo do desconhecido? Isso não é para nós, o medo não
pode existir quando se entra para fazer qualquer pesquisa, pensamos como um antropólogo,
que diz que para se estudar um determinado grupo, é necessário falar a mesma
língua. Enfrentamos esse “medo” e entramos. O bom mesmo é tornar o desconhecido
familiar ou vice- versa. Para quem não conhece, pode ser que definam como um
lugar totalmente diferente e surreal, mas quando se passa a conhecê-lo e a
frequentá-lo, é possível enxergar que lá para muitos, é um lugar comum como
outro qualquer. Passamos então a ter uma visão ampla sobre o local, e claro com
muito respeito.
Bom, para finalizar, encontramos uma citação do
cara que podemos considerar fundamental no crescimento da galeria, o Antônio de
Souza Neto, vulgo Toninho da galeria do rock. Ele foi o responsável por não deixar a galeria afundar, e é
o mais conhecido pelos corredores de todo local. Eis a citação:
“A Galeria, hoje, é do Rock, a fonte da eterna juventude, o
elixir que nos manterá eternamente yang!
Está decretado: ninguém ficará velho. Todos se
renovarão a cada olhar perplexo do púbere que adentrar neste espaço sagrado
pela primeira vez, a cada sorriso irreverente, transbordando felicidade e
alegria por estar aqui!
Este elixir nos dará a sabedoria da eternidade,
nos manterá vivos, nos transformará sempre numa fonte de energia infinda!
De onde vem este brilho? De onde emanam estas
luzes múltiplas? Seria do lampejo energético que todo ser carrega dentro de si,
que vai ascendendo, luzindo com rajadas de flashs, atinando suas células,
fustigando todo seu organismo, num efeito psicodélico intenso e variado, toda
vez que se aproxima dos arredores da Galeria?!
De toda forma, seja qual for a
explicação, este brilho estelar que nos toma nos faz feliz, de uma forma tão
intensa que, por si só, nos leva a contemplar o divino do que é belo!
Ademais, as beleza das formas, dos contornos e
leveza das arquiteturas de Alfredo Mathias lembram uma diva nua com seu corpo
escultural. Extasiam nossos olhos que flanam pelos seus espaços, carregados de
magia!
Não bastasse isso, quando adentramos ao
edifício, no centro da Galeria 24 de maio, literalmente nos embrenhamos em pura
arte. Vislumbramos na criação de Buffone um afresco visionário com personagens
humanos que eternizam raças, ocupando as unidades autônomas.
Como diria Darci Ribeiro, as forças dessas raças
de negros, brancos, mulatos e amarelos traduzem suas virtudes. Da soma delas
resultam o “bem estar”, a força do FIB - Felicidade Interna Bruta, o elixir
dessa juventude que carregamos dentro de nós e que nos faz irradiar para o mundo
a força de Gertrudes.”
O desejo de conhecer mais a galeria e a vontade
de mergulhar a fundo em cada andar corre nas nossas veias. Será que é daí que
começa toda aquela coisa chamada “paixão pelo desconhecido”?
Convidamos você leitor a fazer essa viagem com
a gente. Acompanhe nossos posts todo sábado na nossa página TE VI NA GALERIA DO ROCK.
Quem sabe você é o próximo a aparecer no Te
Vi... aguardem que vem novidades por ai!!!
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