sábado, 25 de outubro de 2014

Um outro olhar - Galeria do Rock






 Boa Tarde galera, nós do Te Vi viemos mais uma vez para
mostrar uma outra visão da Galeria do Rock. O olhar de hoje é o dos lojistas e,
para mostrar um pouco sobre eles, criamos uma personagem, a nossa BodyPircing, que
reúne o pensamento de varias pessoas que trabalham na galeria. Assim, juntamos
um pouco a ideia de alguns entrevistados e elaboramos este texto.



“Meu nome é Jackeline, jack para os íntimos, tenho 25 anos e trabalho há 7 anos como bodypiercing na famosa “galeria do rock”. Para quem não sabe, o verdadeiro nome daqui é Shopping Center Grandes Galerias. O apelido “Galeria do rock”pegou no final da década de 70, quando as lojas predominantes eram as de discos ligadas diretamente ao rock, por isso, o público se limitava apenas ao rock.


Antigamente as pessoas tinham aquela ideia de que para frequentar a galeria deveria ser 100% rock e, como qualquer olhar comum, entrei na onda, e pela primeira vez em que entrei na galeria, vesti uma camiseta do Ramones, claro, eu não fazia ideia de que banda era essa, apenas sabia que era de rock e que minha prima tinha uma que cabia em mim. Porém quebrei a cara, claro, já se foi o tempo em que na galeria predominava a galera rockeira, hoje os jovens são tão diversificados. E o mais legal é que se respeitam. Houve épocas em que rockeiro e funkeiro não poderiam frequentar o mesmo local, e a galeria quebrou esse Tabu fazendo com que em apenas 7 andares existissem todos os mundos diversificados e incrivelmente loucos.

Trabalho na galeria há muito tempo, e posso falar que adoro meu trabalho, amo a diversidade que se encontra aqui. Todos os dias que venho trabalhar fico mais atenta as pessoas que chegam, pois a cada momento posso encontrar gente diferente e que me proporciona experiências novas. Houve épocas em que atendia apenas os rockeiros, hoje, aqui na galeria, eu trabalho com os jovens que curtem desde o forró até o cara que é punk mesmo.


Eu já vi de tudo aqui, brigas de Punks com Skinheads, vi brigas por preconceito racial e social,mas digo que é raro isso acontecer, até porque não existem mais predominâncias de estilos. O que vi de mais inusitado foram suicídios, infelizmente isso acontece muito, até porque é um lugar aberto sem muita proteção, ou por que aqui as pessoas conseguem se manifestar da forma que quiser, livremente. Muitos dizem que o clima pode ser “pesado”, mas pelo contrário, é um lugar em que as pessoas encontram liberdade que muitas vezes não encontram na rua, mesmo com isso acontecendo aqui, não tira a magica desse lugar e nem impede que cerca de 20 mil pessoas circulem diariamente pelos corredores da galeria.

O que eu mais curto, e o que mais procuram também, é justamente essa diversidade de pessoas e de estilos. Muitos que frequentam esse lugar, gostam de vir pelo fato de que onde vivem diariamente são julgadas e não são compreendidas, mas aqui o lugar é tão diferente que elas se sentem bem e á vontade, se sentem familiarizadas com o diferente ou, para muitos, “estranho”. Preconceito? É fato, existe em qualquer lugar, até em um lugar tão diferente, mas acredito que isso aqui já decaiu.Gosto do diferente, adoro o modo como as pessoas se identificam, isso me motiva a vir todos os dias. O diferente me move, o respeito me encanta, e isso pode ter certeza que não falta aqui."

Esse é o olhar de muitos dos que trabalham por lá. E aí,
qual o olhar de vocês?
Entrevistamos uma BodyPircing – mas esta é de verdade!- e o
vídeo nós deixamos aqui para vocês conferirem, e não se esqueçam de curtir
nossa fan page.
                                                                                                      









Nenhum comentário:

Postar um comentário