A Década da Juventude e a Moda

               Ao falarmos em moda algumas pessoas julgam tratar-se de tolice, pois só a enxergam como uma aparência e não como uma forma de se expressar.  No entanto, uma determinada peça de roupa pode marcar uma década  e ser considerada um signo, um elemento que mostra como a moda reflete nossa cultura. Através das mudanças na moda percebemos as mudanças na história. A nossa cultura pode ser mostrada por meio da moda, e isso faz com que nos dividimos em tribos, nos identificamos, temos os mesmos símbolos, gostamos das mesmas coisas e temos os mesmos comportamentos.

A década de 60 é considerada a 

descoberta da moda jovem. As mudanças no comportamento e as influencias do Rock and Roll e do grande Elvis Presley transformariam radicalmente o jeito de as pessoas se vestirem. As mulheres começaram a trocar as saias rodadas por calças cigarette e os homens investiam nos blusões de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostravam uma rebeldia ingênua e uma ascensão à liberdade. 

O grande símbolo dos anos 60 foi a minissaia, criação de Mary Quant, mas como ela mesma disse: "A ideia da minissaia não é minha, foi a rua que a inventou". A partir da metade do século a moda se influenciou em grande parte pelas ruas, as principais criações dos estilistas da época já se viam desfiladas em Paris e Londres. André Courrèges fez uma revolução na moda com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro com roupas metálicas e fluorescentes. 

          Yves Saint Laurent criou vestidos tubinhos e fez com que as mulheres ousassem e se vestissem de modo mais masculino com a criação do smoking para mulheres. Emilio Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. E Paco Rabanne com a matéria-prima. As principais mulheres da época foram as atrizes Audrey Hepburn, Brigitte Bardot e a modelo Twiggy.

  

      

       Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções. A moda masculina foi muito influenciada pelos Beatles, grande fenômeno musical, lançaram os paletós sem colarinho e o cabelo de franjão. A silhueta era mais ajustada ao corpo e a gola rolê, conhecida hoje como cacharrel, se tornou um clássico do guarda-roupa masculino. Muitos adotaram a japona, um tipo de casaco de lã grosso, e o terno de mão. Já no Brasil, era a época da Jovem Guarda e Roberto Carlos fazia o uso de roupas coloridas, botinha sem meia e cabelo na testa.

       Os anos 60 foram uma porta a modernidade, quando o desenvolvimento tecnológico avançou expressivamente e a chegada do homem a Lua impressionou a todos. Os estudantes tomaram conta das ruas em diversas partes do mundo e se contrapunham à sociedade,  seus sistemas de ensino e à cultura dominante, principalmente no que diz respeito à sexualidade, aos costumes, à moral e à estética. As mulheres se destacaram ainda mais, por quererem direitos iguais. A década dos jovens foi caracterizada pela busca de liberdade e umas das maneiras de se expressar, que é utilizada e valorizada ate hoje, foi através da moda.

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